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Gente, é encrenca mesmo querer encarar esse mundão aí fora... Eu estou cursando faculdade, sempre foi meu sonho... Infelizmente muitas dificuldades não me permitiram realizar, e agora só agora resolvi encarar essa. Antes tarde do que nunca. Enfim, nesses dias, ao término da aula fui para o ponto de ônibus com uma amiga de classe, ela muito prestativa ali ao meu lado perguntou qual circular iria pegar,falei e ela ficou atenta, pois como sempre o ponto de parada fica num lugar horrível e todas as pessoas se colocam de pé na sua frente... Nem te enxergam acho, ou não querem enxergar... Ela parou o ônibus toda feliz para mim e eu disse: Esse não tem elevador... Não dá, tem que esperar um com elevador... Ela arregalou os olhos indignados... Como não? Não são todos que tem? Que absurdo!Como pode? Todos deveriam ter? Eu simplesmente sorri para ela e achei incrível como ela nunca tivesse observado que os ônibus em sua grande maioria não têm adaptação... Que as ruas não têm guias rebaixadas... Que as calçadas não dão condições de passeio... Então observei que o mundo do andante é outro. Seu olhar sobre o mundo é outro e ele só vai ver o mundo como nós quando nós mostrarmos a ele. Se nos mantivermos guardados em casa por causa das dificuldades de acesso lá fora, pouca coisa mudará, porque a sociedade é volátil... E se não participarmos dela ficaremos para trás.
Adelina Perez, bailarina especialista em dança em Cadeira de Rodas e estudante de Serviço Social na Unifesp.
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